sexta-feira, 31 de outubro de 2008


"A preguiça interrompe o progresso de nossa prática espirirtual. Podemos ser ludibriados por três formas de preguiça: a que se manifesta como indolência, que é o desejo de adiar; a que se manifesta como sentimento de inferioridade, que é duvidar da própria capacidade; e a que se manifesta como a adoção de atitudes negativas, que é dedicar um esforço excessivo àquilo que não é virtude.

Nós nos acostumamos com facilidade à preguiça da mente, sobretudo porque muitas vezes essa preguiça se esconde sob a aparência de atividade: corremos de um lado para outro, fazemos cálculos e damos telefonemas. No entanto, tudo isso ocupa apenas os níveis mais toscos e elementares da mente. E oculta o que existe de essencial em nós."

Dalai-Lama


Quantas voltas continuaremos a dar nessa pista oval sem fim pensando que estamos fazendo algo de produtivo nessa vida? Quando vamos perceber que a atitude mais acertada a fazer diante de um problema é parar? Quem disse que sempre a solução é fazer algo? Onde queremos chegar com uma vida na superfície? O que mais temos que conseguir da vida, sendo que já temos tudo que precisamos em nosso próprio interior?


Faço-me cada vez mais essas perguntas. Somente fazer essas perguntas já denota que não quero mais essa vida de superfície, com apego aos problemas, correndo de um lado para outro, como uma barata tonta. E não basta perguntar e querer. Há que se viver. Por isso, parei hoje para expor isso. Não para responder essas perguntas, mas justamente para entender quais eu precisava fazer.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O Caminho da Emancipação


"Há muitas coisas que não somo capazes de deixar para trás que nos prendem. Pratique olhar em profundidade para essas coisas. No começo, pode achar que elas são vitais para nossa felicidade, mas elas podem, na verdade, serem obstáculos para sua verdadeira felicidade, causando seu sofrimento. Se você não está feliz porque está preso nelas, deixá-las para trás será fonte de alegria para você... Por favor, olhe para as coisas que você acha necessárias para seu bem estar e felicidade e descubra se elas lhe trazem felicidade ou estão quase o matando."

Thich Nhat Hanh


Temos muitas âncoras nessa vida, que nos prendem ao pé e são pesadas e incômodas. Muitas vezes pensamos que é bom termos âncoras. A sociedade nos oferece várias delas para consumirmos: poder, dinheiro, bens materiais, sentimentos, culpas, emprego, um namorado, alguém da família.

Às vezes essas coisas podem nem ser âncoras antes, mas depois de algum tempo e por alguma circunstância, se tornam, e insistimos que não nos atrapalha. Outras vezes pensamos que merecemos essa prisão, pois é assim que as coisas devem ser, a vida é assim mesmo.

Por mais que seja verdade que a vida seja feita de sofrimento, existem outras verdades igualmente absolutas: que o sofrimento pode cessar, que existem causas para esse sofrimento, e que podemos trilhar uma caminho para fazê-lo cessar.

Neste caso, só se cortarmos as correntes das âncoras é que vamos ter mais espaço para vivermos nossas vidas, usando cada ferramenta que ela nos oferece no momento e da forma como ela deve ser usada. E se não servir mais e tiver sendo um peso nas costas, abandonar-la pelo caminho, sem pensar que poderá ser útil depois, ou que poderá ser útil para alguém, ou que se foi dado você não pode largar.

Sem apego.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Paradoxo da contemporaneidade



"...nunca a indústria do lazer - a TV, os videogames, a Internet, o esporte, a música, o cinema - foi tão expandida e, no entanto, o ser humano nunca teve um humor tão triste e ansioso. Nunca as pessoas viveram tão adensadas nos escritórios, nos elevadores, nas salas de aula, e nunca foram tão solitárias e caladas sobre si mesmas. Nunca o conhecimento se multiplicou tanto em sua época, mas nunca se destruiu de tal maneira a formação de pensadores. Jamais a tecnologia deu saltos tão grandes e, contraditoriamente, jamais o Homo sapiens desenvolveu tantos transtornos psíquicos e teve tanta dificuldade de se tornar autor de sua própria história."


Augusto Cury, O Futuro da Humanidade.


"Porque devemos investigar o corpo? O que é esse "corpo no corpo"? Quando falamos conhecer a mente, o que é essa "mente"? Se não conhecermos a mente então não conheceremos as coisas dentro da mente. É ser alguém que não conhece o sofrimento, não conhece a causa, não conhece o fim e não conhece o caminho. As coisas que deveriam ajudar a extinguir o sofrimento não funcionam porque nós somos distraídos pelas coisas que o agravam. ... quando o sofrimento surge, não sabemos como lidar com ele, não conhecemos a prática que conduz ao fim do sofrimento."

Ajaan Chah, A paz que está mais além.
acessoaoinsight.net

Entretanto, nunca se teve tanta liberdade e consciência para se transformar a própria história.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Quem quer fazer algo mais neste mundo?


"The world’s young professionals are seeking passion. Passion for their futures, passion for their work, passion for what they can do to protect the environment. How can we guide this new generation of professionals into channelling their values, passion and commitment into working together for a sustainable future?"



Como uma jovem profissional, eu me identifiquei muito com essa questão. Eu tenho os valores, eu tenho a paixão, eu tenho o comprometimento. São ainda poucos os espaços na qual pode se valer de tudo isso como características positivas, desejáveis e incentivadas. Como ainda não encontrei meu espaço no mundo real, criei um refúgio na dimensão virtual. E acrescento ao statement acima a paixão pelo ser humano e pelo amor que são capazes de criar.

"All we need is love. Love is all we need." Beatles

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ainda estou descobrindo


Esse é o primeiro post da minha vida. Sempre gostei de escrever e não sou fã de ficar no computador, por isso só agora.

Você já fez um plano de não carreira? É assim: você escreve tudo que gosta, mas por causa do trabalho, ou do stress, ou do cansaço, ou da falta de paciência, você deixa de lado ou não dá muita atenção, e planeja para fazer quando você decidir largar essa vida de zumbi.

Você pára, se escuta, e fala pra si mesmo: é isso que quero, posso e preciso fazer.

Faz bem, tá? Principalmente recomendado para quem está questionando seu papel nesta dimensão.