terça-feira, 30 de dezembro de 2008

It' too much information!


"A essência dos ensinamentos de Buda é simples e pode (deve) ser praticada em nossa vida diária: devemos ajudar os outros tanto quanto pudermos e, quando isto não for possível, devemos evitar causar algum dano a eles."

Thubten Chodron


"Quando algo dá certo pra nós, geralmente queremos compartilhá-lo com outros, mas talvez eles não estejam prontos para fazer uma mudança naquele ponto do tempo e do espaço. Já é difícil mudar quando queremos, e tentar fazer alguém mudar quando não quer é simplesmente impossível e pode estragar uma boa amizade."


"A impaciência é (outra) forma de resistência, ou seja, a resistência em aprender e mudar. Quando exigimos que tudo seja feito agora mesmo, terminado imediatamente, não nos damos tempo para aprender a lição relacionada com o problema que criamos".

Louise Hay


"Onde existe um problema, não há algo para fazer, há algo para saber"

Raymond Baker


O mundo nos empurra para resolver coisas. Sempre temos algo para resolver. Sempre temos problemas que nos tiram o sono, o apetite, a saúde, a energia de viver. "Você tem que fazer algo sobre isso!" Estamos sempre correndo. E muitas vezes nos damos conta que é atrás do próprio rabo. E isso não é uma constatação de todo ruim. Isso pode significar interiorização.

Constatar que outro precisar de ajuda, pode significar que você reconheceu uma necessidade sua. Quando queremos muito ajudar a alguém querido, um amigo, pode significar que você descobriu qual é a ajuda que você está procurando neste exato momento. Quando percebemos a resistência em alguém sobre mudar algum aspecto de sua vida, que tal se questionar se aquilo que você detectou tão bem não existe em você? Quando você percebe que precisa mudar algo em você, mas não consegue suportar a idéia de que irá precisar de tempo e paciência consigo mesmo, que tal se perdoar e se amar, percebendo que você acabou de conseguir a mais difícil das tarefas, que é identificar o ponto de mudança?

Identificar o "o quê" é mais importante do que descobrir "o como". Aprofunde-se nesse "o quê", é nele que está a principal tarefa da mudança, da evolução do seu ser, de uma vida melhor. Continuar a insistir no "não saber como" é uma forma de resistência. Achar que pode conviver com as coisas como já estão é uma forma de resistência. Pensar que isso pode ficar pra depois é uma forma de resistência. Ser cético diante de tudo isso é uma forma de resistência.

Deixar fluir, sem julgamentos. Aceitar o que vier de informação e principalmente de sensações. Desapegar dos sentimentos.

Os outros são nosso espelho. Observe com compaixão o próximo, e ele te dará o insight que tanto precisa. Observe com amor o próximo, e ela te mostrará o caminho. Observe com perdão os próximos, e eles te acolherão com paciência. Observe com detalhes, olhe em seus olhos, sinta a batida de seu coração, e perceba-se como nunca antes.

Talvez aí você perceba porque é tão difícil e tão necessário encarar a si mesmo sem julgamentos nem resistências.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Ano novo, notícia velha?

"Quando comecei a analisar as influências de Touro para 2009, percebi que essa é a questão principal: fazer uma revolução interna para poder aproveitar as mudanças que virão em todas as áreas da vida. E se isto ocorrer, então, a vida profissional será extremamente satisfatória, assim como a vida afetiva."
Andreia Modesto


Muito antes de as previsões para 2009 de todas as linhas místicas existentes começarem a pipocar nas revistas femininas e nos sites eu já tinha planejado o 2009.

Uma nova fase bate em minha porta, anunciando muitas bonanças, depois de uma longa e desafiadora tempestade. Ficou patente para mim, há alguns meses atrás, que minha vida precisava de um rumo diferente do que eu tinha tomado (escolhido?), e eu fiz o Plano de Não-Carreira (meu 1º post).

Esse plano foi tomando corpo, fui alimentando-o com muita vontade, e desconfiança. O velho "Será que vai dar certo?" vinha me visitar religiosamente todos os dias, e o já esperado "Mas o que os outros vão pensar disso?!" se jogava em minha cara a cada vez que o assunto surgia.

Segui em frente, entendendo que não tinha outra opção: ou me afundava em minha própria lama, ou, como diz uma grande amiga minha, "Passava o Liquid Diamonds e jogava o cabelão". Escolhi colocar em prática anos de terapia e cursos de autoconhecimento: tomei responsabilidade por minha própria vida e por tudo que nela aconteceu, acontecia e irá acontecer. Apesar dessa perspectiva assustadora, ouvi uma nova versão de um velho ditado que é bastante encorajador: "Se correr, o bicho pega. Se ficar, o bicho come. Se enfrentar, o bicho some."

Eu corri, o bicho me pegou. Eu é quem não vou ficar dando bobeira pro bicho me comer. Enfrento o bicho, apenas com minha convicção.

Daí ele sumiu mesmo: tomei as decisões, mesmo com medo. Estou concretizando meus planos, mesmo sendo julgada (muitas vezes por mim mesma). E determinei que 2009 será um ano sensacional. E não é que as coisas boas já começaram a chegar em 2008? Até a previsão do horóscopo está a favor. :)



segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Tudo está bem no meu mundo.

"A autocrítica nos tranca dentro do padrão que estamos tentando modificar. Lembre-se, você esteve se criticando por anos e não deu certo. Tente se aprovar e veja o que acontece".

Louise Hay

"O Desapego nos dará a habilidade de ver através das ilusões, e reconhecer a lição oferecida pelos desafios da vida".
Angel

"Cada vez mais, não é só uma questão de errar, corrigir o erro e aprender com ele. Agora a palavra de ordem é prevenir o erro, para que não se repitam os olhares perdidos, os rostos esvaziados, o choro inconsolável, a desesperança e as mortes..."
Marina Silva

E o que três frases aparentemente desconectadas umas das outras estão fazendo juntas no mesmo espaço?
A primeira é tão individual, está tão voltada para uma autodescoberta.
A segunda diz justamente de superar nosso próprio ego, enxergando algo além de si mesmo.
A terceira marca um coletivo que sofre pelos erros do próprio coletivo.
Como todas podem falar da mesma coisa?
Todas falam do como da vida.
Como enxergá-la, como percebê-la, como encará-la.
Todas falam do apego. Como nos escoramos na nossa própria autocomiseração, nos justificamos com o destino, nos lamentamos pelo que nem percebemos que fizemos.
O apego é a ignorância de si mesmo, a negação da própria existência. O apego é o fazer da mesma forma, é o faz-de-conta, é o fingir que não vê o que acontece.
Vejo em mim o apego ao conforto do meu carro que corriqueiramente me carrega solitária para lá e para cá. Vejo em mim o apego à dor da perda que constantemente resgato para dar sentido ao vazio que sinto. Vejo em mim o apego à aparência que frequentemente revela que eu quero a atenção do mundo inteiro. Vejo em mim o apego aos gurus em que periodicamente recorro como um ponto de conforto dos meus erros que não quero reconhecer. Vejo em mim o apego ao passado com que quase sempre justifico minhas atitudes. Vejo em mim o apego ao futuro com o que volta e meia justifico minhas omissões.
Vejo em mim a aversão em ver tudo isso em mim.
Vejo em mim todos os seres humanos.
Vejo em mim o todo.
Vejo que é em mim que habita a responsabilidade e a possibilidade de tudo na vida em que habito.