"Tudo está no mercado e de tudo se pode fazer negócio. Esse modo de habitar o mundo regido apenas pela razão utilitarista e egocêntrica cavou o buraco perfeito. E nele caiu. A questão não é econômica. É moral e espiritual. Só sairemos a partir de uma outra relação para com a natureza, sentindo-nos parte dela e vivendo a inteligência do coração que nos faz amar e respeitar a vida e a cada ser. Caso contrário continuaremos no buraco a que o capitalismo nos jogou."
Leonardo Boff
E continuaremos cavando, tentando encontrar uma saída, enquanto somente temos que olhar para cima para encontrar a melhor.
Parece um paradoxo querer encontrar uma resposta para a questão acima na capital do mundo capitalista. Mas por que não buscar respostas num universo que não segue necessariamente a lógica positivista darwiniana? A realidade brasileira já ensina muito disso: coisas que aparentemente não podem coexistir no mesmo espaço-tempo, como a riqueza extrema que alimenta a miséria de matéria e de espírito. Em um local onde pessoas do mundo inteiro decidem se amontoar num minúsculo pedaço de terra em busca do “sonho americano”, da “liberdade de expressão” e do “livre consumo”, é o espaço-tempo onde procuro um novo ponto de vista da vida.
Quero me afastar da lógica de mercado vivendo onde há todas as escolhas possíveis. Quero parar de fazer negócios vivendo em comunidade. Quero encontrar a alma do que me rodeia vivendo no paraíso da oferta. Quero viver o amor incondicional vivendo meu indivíduo. Quero me libertar do apego extremo ao material vivendo sem aversão ao modo de consumo que me rodeia. Quero encontrar a saída sem culpar quem me empurrou para a entrada.
Parece um paradoxo querer encontrar uma resposta para a questão acima na capital do mundo capitalista. Mas por que não buscar respostas num universo que não segue necessariamente a lógica positivista darwiniana? A realidade brasileira já ensina muito disso: coisas que aparentemente não podem coexistir no mesmo espaço-tempo, como a riqueza extrema que alimenta a miséria de matéria e de espírito. Em um local onde pessoas do mundo inteiro decidem se amontoar num minúsculo pedaço de terra em busca do “sonho americano”, da “liberdade de expressão” e do “livre consumo”, é o espaço-tempo onde procuro um novo ponto de vista da vida.
Quero me afastar da lógica de mercado vivendo onde há todas as escolhas possíveis. Quero parar de fazer negócios vivendo em comunidade. Quero encontrar a alma do que me rodeia vivendo no paraíso da oferta. Quero viver o amor incondicional vivendo meu indivíduo. Quero me libertar do apego extremo ao material vivendo sem aversão ao modo de consumo que me rodeia. Quero encontrar a saída sem culpar quem me empurrou para a entrada.
2 comentários:
E que desafio irmã você se propõe!!! Hoje contei para as pessoas do trabalho com quem compartilho as minhas dores e angústias sobre sua guinada em sua vida como um todo e só um sentimento pairou: INVEJA. Essa palavra de sentido negativo a princípio, nesse contexto talvez aponte para uma sentimento de liberdade de escolhas desejada por muito de nós durante CERTO tempo, ou não. INVEJA de ter a CORAGEM de assumir que CERTAS escolhas deram CERTO por CERTO período. E agora há outras escolhas a serem feitas para sua vida continuar dando CERTO. Sem a pretenção de CERTEZA ABSOLUTA, acho que sua decisão é ACERTADA TRANSITORIAMENTE e inspira as pessoas a também terem CORAGEM de assumir o que realmente desejam. E a INVEJA foi disso, dessa sua FORÇA e CORAGEM de se dar a oportunidade de buscar uma outra forma de vida que também dê CERTO por CERTO período, aceitando o fluxo de movimento de mudanças da vida ininterrupto, como se não me engano nos fala o budismo e heráclito.
Escolhas transitórias, provisórias, efêmeras, temporárias, passageiras, interinas, breve, mortal,caducas... Curiosa essa última palavra, no dicionário significa quem cai ou vai cair; diz-se das folhas que caem anualmente: Árvore de folhas caducas. Nossas escolhas são CADUCAS, e por que não??!!?
O mais curioso disso tudo é o fato de que neste momento eu me sinto tão tranquila sobre essa mudança. Parece que todo o peso e dificuldade que as pessoas enxergam ao saber dessa guinada já não faz mais parte do meu repertório para a execução, tudo ficou lá no planejamento, lá pra trás, nos anos de angústia, depressão, ansiedade e principalmente medo.
Já não há mais medo paralizante, há o frio na barriga, há aquela gostosa sensação de vento no rosto, há o repouso após a vitória, mesmo sabendo que o desafio está apenas começando.
A liberdade da escolha é um presente de acesso universal e de uso quase inexistente. Foco, entender a própria prioridade de vida. Percebi recentemente quão poucas pessoas se sentem capazes ou sabem usar essa ferramenta tão poderosa.
E o melhor da história: faço tudo isso com meus próprios recursos, fruto de minhas próprias escolhas anteriores.
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