Sobre parar, acalmar, descansar, curar e transformar: a quietude pode curar e transformar.
A quietude, o silêncio (de mente e corpo), às vezes pode “assustar” um pouco. Por quê? Porque estamos tão acostumados a preencher tudo - desde a solidão até à falta de comunicação - com “ruídos” que estranhamos quando se faz silêncio! E o que não é familiar, pode assustar.
É importante notar que, entre outras coisas, silêncio também significa não falar. Podemos notar que muito do que dizemos a cada dia é apenas para “preencher o silêncio”. Olhe, você pode descobrir que, muitas vezes, um sorriso “preencherá”. Um toque suave, uma mão repousando brevemente sobre a outra, podem “preencher” e ter seu lugar ao invés da fala. É uma interessante experiência ser tão silencioso quanto possível mesmo que apenas por um dia (que você escolhe assim fazer).
O modo de viver zen preza o silêncio. Nos centros zen preza-se o silêncio. Quem participa de reuniões onde se preza o “Nobre Silêncio”, sabe que esse silêncio (e exercício prático) é poderoso. Freqüentemente, estar realmente presente, aqui e agora, pode simplesmente substituir a fala. Mais ainda: com muita freqüência, palavras são pedras no caminho de se estar realmente presente.
A quietude é uma jóia preciosa e a experiência mostra que a meditação “cria (ou descobre) ilhas de quietude”. Experimente meditar, então.
Vamos cultivar e sustentar a prática?
Exercite-se! Afinal, quantos não vão à academia para exercitar e cultivar o corpo? E por que não “ir”, então, a uma “academia da mente”? Por que não cultivar e exercitar a mente?
Passe pelo menos cinco minutos de cada dia sem “nada fazer”. Neste tempo, apenas “note” emoções, percepções, sentimentos, os sons, visões, odores, sabores, etc., sem “persegui-los, classificá-los ou julgá-los”. Esta é uma forma de cultivar o silêncio interior.“Cultive o estado quieto, calmo e estável da mente. Quando elogiado por uns e criticado por outros, liberte-se do orgulho e da raiva e gentilmente siga seu caminho em paz.” (Buda)